Aconteceu em Conceição de Baixo Rio das Palmas - Linhares
A história que vou contar aconteceu a mais ou menos 25 anos, e ha os que acreditam e os que não acreditam, porem, posso afirmar que as pessoas que participam dos fatos são pessoas de inteira confiança e que já mais participariam de algo tão sério só para "fazer hora" com os sentimentos dos outros.
Era véspera da festa em comemoração ao dia da padroeira daquele lugar, nossa Senhora da Conceição ou Imaculada Conceição, exatos 07/12 do ano que no momento não me recordo. As pessoas estavam fazendo os preparativos para a festa, montando as barracas, colocando palhas de coqueiros, bandeirolas e etc... Logo pela manhã, tudo estava como previsto em reuniões, porem, um dos membros, que havia presidido a novena no dia anterior, sexta-feira, não apareceu, até ai estava tudo bem, as horas foram passando; O senhor Alvino Castelari pai de Roque Castelari, que é o rapaz de quem estou falando, começou a ficar preocupado, pois seu filho, Roque, havia saído logo cedo, bem cedinho, e disse que não iria para os preparativos da festa e sim, iria brocar a mata para o plantio de café, brocar mata na linguagem daquela época era cortar as árvores menores com o machado para depois colocar fogo e fazer a limpeza para o plantio do café, na época permitido. Era a hora do almoço e o rapaz não apareceu para almoçar, seu pai ficou apreensivo, porém resolveu aguardar mais um pouco, passou-se mais um tempo e nada do rapaz aparecer para almoçar, então seu pai Alvino, decidiu ir até onde ele estava, tempo depois ele voltou cabisbaixo, porem não deixando transparecer nada, pegou um cobertor e saiu novamente sem falar nada para ninguém, nem para a esposa do seu filho Roque que estava em adiantado estado de gravidez, tempo depois ele voltou novamente e desta vez chamou alguém para conversar e disse: Roque está morto lá no mato, como morto? morto, um galho de madeira caiu em sua cabeça e ele está morto, como vou falar para sua esposa? Até então somente eles sabiam do ocorrido e os preparativos da festa estavam a todo vapor, eram mais ou menos umas 15:00 para 16:00 Horas quando eu me preparava para ir a festa, eu era ainda muito jovem ainda adolescente, porem me lembro muito bem, estava eu no rio onde iria tomar banho, quando dirrepente um besouro muito grande e preto começou a me rondar com insistência, espantei-o para longe mais ele ia e depois voltava, por três vezes ele fez isso, então eu imaginei, aconteceu alguma coisa, naquela região quando isso acontecia logo nós dizíamos que algo teria acontecido mais não sabíamos o que. Era raro aquele besouro aparecer, quando ele aparecia já sabíamos que teria acontecido alguma coisa, porem nem sempre era algo ruim, minutos depois chegou à notícia de que Roque havia morrido, foi um choque terrível para todo mundo, pois Roque era muito querido por todos, todos se perguntavam como havia acontecido, porque? Porque com o Roque? A festa praticamente parou, não havia mais clima para festa, então começaram os preparativos, chamaram a policia, quando a mesma chegou já era noite e começava a cair uma garoa muito fina, local extremamente de difícil acesso e de uma escuridão terrível, eu porém querendo ir até este local, porem meus pais não me deixaram ir por ser ainda muito jovem, quando conseguiram tirar o corpo do Roque já era de madrugada. Sedaram a Senhora Penha, esposa do Roque, e contaram o que havia acontecido, no dia seguinte todos estavam ansiosos e muito tristes, o que era para ser uma festa se transformou em um triste velório, no momento da Santa missa trouxeram o corpo do Roque para ser sepultado, e o resto do dia foi só lamentações e tristezas, porem é aqui que começa a segunda parte desta história que é de parar e se perguntar como isso é possível, uma vez que a palavra de Deus nos afirma que nenhum daqueles que já partiram pode voltar e falar com quem está aqui ainda nesta terra. Assim aconteceu:
Anos depois começaram acontecer alguns fatos estranhos na casa da sogra do Roque, onde se encontrava a Dona Penha, esposa do Roque. Sempre a tarde, ao escurecer, Dona Vanda mãe da dona Penha, começou a sentir coisas estranhas e não sabia o que era, quando ela estava sentada no banco do lado de fora da casa ela sentia que tinha alguém junto com ela, quando ela viráva-se para olhar não havia ninguém, ela escutava sempre alguém caminhando do lado de fora da casa, saiam para olharem se havia alguém, não encontravam ninguém, os cachorros começavam a latir como se tivesse chegando alguma pessoa, só que não havia ninguém, enfim, muitos fatos foram acontecendo por vários dias seguidos, durante semanas e meses, até que alguém disse que era para dona Vanda ter coragem e se colocar a disposição e quando isso acontecesse que ela perguntasse o que é que ele queria, se fosse o Roque, e foi ai que tudo aconteceu, até hoje não sei ao certo como isso aconteceu, se foi sonho ou não, só sei que o Roque disse para ela que antes dele morrer havia feito uma promessa a Nossa Senhora da Penha em favor de seu filho, filho esse que tinha uma deficiência e problemas de saúde, segundo ele, esta graça havia sido alcançada e precisaria pagar esta promessa para que ele pudesse descansar em paz, a promessa foi paga no convento da Penha, e depois da promessa ser paga, nunca mais aconteceu algo estranho naquela casa.
Eu também em nome de minha fé não acredito que os mortos possam voltar, porem fatos como estes nos fazem refletir, como que isso é possível?
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Histórias Contadas Pelo Povo
Conheço uma pessoa que sempre tem histórias para contar, e o que é mais curioso, ele afirma com todas as letras que todas elas são verdadeiras. Certa vez conversando com ele tive a oportunidade de ouvir esta:
Ele me disse: Eu estava trabalhando em uma obra no estado do Amazônia quando algo muito interessante me aconteceu, estava eu e meus colegas em um acanpamento no meio do mato quando de repente ouvimos barulhos de uma onça que se aproximava, ficamos com muito medo, e a onça ficou do lado de fora do acampamento rugindo e abrindo a boca como se estivesse com muita dor, foi ai que eu percebi que ela estava com alguma coisa na boca, e esta coisa o estava incomodando muito, então resouvi sair para fora e ver o que era, meus colegas estavam se borrando todos de medo, eu porem fui até a onça para ver o que estava acontecendo, consegui ver que a onça estava com um pedaço de osso preso junto ao dente, enfiei minha mão na boca da onça e arranquei aquele osso. A onça saiu em disparada rugindo muito e sumiu, voltamos então a dormir sosegados, no dia seguindo logo pela manhâ escutamos a onça novamente rugindo do lado de fora do acampamento, olhei para ver o que estava acontecendo, e para minha surpresa e de meus colegas, a onça trouxe na boca uma Capivara, jogou no chão, deu um forte rugido como forma de agradecimento, e foi embora. VERDADE! Oncinha camarada!

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